Rogério - O Acidente

Hoje vou começar a contar uma história que pra mim ainda é muito difícil lembrar, a história de um amor de menino, um amor de primo.

A história do meu Dédo, ou para muitos Rogério Augusto Forcelli.

Como primos sempre fomos muito ligados, desde pequenos, mas foi na adolescência que a afinidade aumentou, íamos para as baladas juntos, ele almoçava em casa e eu na casa dele.

Todo mundo sabia onde eu estava, e que ele automaticamente estaria junto, ou perto.

Eu falava com as meninas que ele queria ficar, ele me defendia e eu tinha ciúme dele.

E foi assim sempre, por não termos nenhum tipo de vicio, nem o da bebida nos tornávamos ainda mais próximos pra dividir até a coca-cola.

Em 2004 por motivos pessoais Eu e minha família nos mudamos para Maringá no Paraná, e o Dedo permaneceu em Nova Brasilândia , interior de Rondônia, minha cidade natal.

Continuamos mantendo contato normal por MSN, telefone e tudo.

Ele morou aqui por um tempo, e depois voltou para lá.

No dia 11 de julho de 2006, eu estava ajudando minha mãe a fazer umas coisas no trabalho dela, quando meu celular tocou, eu estranhei o DDD de Rondônia àquela hora do dia, meu pai só ligava nos fins de semana ou á noite, quando atendi meu pai estava com a voz trêmula e disse a frase que eu não esqueço nunca. “O Dedo sofreu um acidente, está muito mau”

Eu pensei logo que ele havia morrido e que meu pai estava querendo amenizar a situação pela distancia, e pelo tempo que eu levaria para chegar até ele, e seu suposto velório.

Mas graças a Deus ele estava realmente muito ruim, mas vivo.

Eu não sabia o que fazer, o que pensar, eu só chorava.

Fiquei 1 mês nessa angustia, ligando, perguntando, torcendo e orando para que tudo passasse.

O Rogério estava de moto, tinha levado um mecânico a um determinado local para consertar uma máquina, e voltando, vinha um caminhão na direção contrária. Estrada de terra, muita poeira e atrás do caminhão, um carro que na tentativa de ultrapassa-lo bateu no Dédo que estava a mais de 120km/h.

Foi atendido prontamente, e transferido de avião até Porto Velho, onde ficou 36 dias em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva.

Como o motorista estava errado, pois seguia na contramão ele fugiu por achar que havia matato o Rogério, tamanho foi o impacto. Dias depois ele se apresentou na Delegacia da cidade para confirmar que havia supostamente matado o menino do acidente, e foi lá que ele teve a a maravilhosa noticia que o amor de nossas vidas estava lutanto para sobreviver.

Decidimos então meu pai e eu que eu ia passar um tempo perto dele, mesmo porque eu precisava ver c om meus próprios olhos que ele estava bem.

Foram 3 dias de viagem até a capital, Porto Velho, que era onde ele estava internado no Hospital de Base. Já havia saído da U.T.I e estava em um quarto, no setor Neurológico Masculino. Junto dele mais três pacientes. O Luiz, com o mesmo problema, acidente de moto, o Ademilson (acho que é isso) que havia operado a cabeça pela segunda vez.

“Coitado desse, é outro que daria uma história e tanto, chamava a enfermeira de ENFERMEDEIRA. Depois de 1 ano tivemos a noticia de seu falecimento.”

Tinha também o Magno, esse aí coitado, era Hemofílico, tinha levado três tiros e tinha perdido um rim – desgraça pouca é bobagem.

Amanha continuo falando sobre o Dédo e sua recuperação.

Um beijo em vocês queridos amigos.

Um beijo pro meu principe - Fê!

Fui.

4 Comments:

Carlos Eduardo said...

Eu realmente sinto muito pelo seu primo, amo muito os meus e me sentiria péssimo numa situação dessa.


http://putoanonimo.blogspot.com

Amanda Marques said...

Nossa, coitado...

te vi lá no orkut, e vim só por causa do nome do Blog!
eu AMO cereja! hahaha
Legal aki...

Beijos

Neuro-Musical said...

Ah naum
continua
quero saber se seu primo ficou bom ou nao!

http://centralldamusica.blogspot.com
Buscando parcerias...

Rodrigo said...

Puts. Que foda.